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amor incondicional

E quando o amor incondicional não é imediato?

Existe uma crença de que assim que o bebê nasce algo mágico acontece e as mães já sentem o tal do amor incondicional, forte e concreto pelo filho, porém, é muito comum que isso não aconteça tão rápido assim. A relação entre pais e filhos é complexa e, muitas vezes, o amor de mãe precisa de tempo e dedicação para se fortalecer.

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Amor incondicional! Vínculo com o bebê se estabelece aos poucos

Às vezes, esse amor incondicional não aparece logo quando a mulher descobre que está grávida, nem quando sente o primeiro chute, nem no ultrassom. Nem mesmo quando o bebê nasce e a mãe ouve o tão esperado choro e pega o seu filho no colo pela primeira vez.

Pode ser que para algumas mamães aconteça em uma dessas situações. Talvez a maioria se sinta assim. Aquele amor de mãe que surge de maneira rápida e avassaladora. Mas é importante não se culpar se esse sentimento demorar a aparecer.

Por mais que a mãe tenha se preparado para receber o seu bebê, tenha sonhado e desejado, ele é um estranho, alguém que ela ainda não conhece e sempre vai ser diferente daquilo que a mãe imaginou.  E isso requer uma adaptação. Como em toda relação, construir intimidade é um processo gradual.

O amor vai ser cultivado e construído a cada mamada, a cada olhar, a cada contato, ao longo da convivência e dos cuidados diários.

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Dificuldades são comuns e fazem parte do processo

A organização britânica National Childbirth Trust, do Reino Unido, revelou em uma pesquisa que uma em cada três mães tem dificuldade em estabelecer vínculo imediato com o bebê.

O estresse e a culpa podem dificultar esse processo. Quanto mais a mulher se cobrar, menos natural será a relação com o bebê e, sempre que ela estiver com ele, ela vai tentar se obrigar a sentir algo que ainda está em processo de construção.

Além disso, a mulher está se recuperando do nascimento, lidando com todas as mudanças e aprendizados do pós-parto. O amor incondicional entre mãe e filho surge através de uma adaptação mútua, que pode ser facilitada ou dificultada por questões exteriores, como ter uma rede de apoio, por exemplo.

Noites sem dormir, dores para amamentar, ficar a disposição do bebe, tudo isso é esperado, mas por mais preparada que a mãe esteja, é difícil vivenciar.

Construindo uma relação de afeto

Quando esse amor incondicional não aparece logo de imediato, causa decepção, culpa e estranhamento. Porém não existe nenhuma regra e nenhuma garantia que aponte quando o amor pelo bebê será despertado.

Como vimos, essa é uma situação muito comum e que precisa ser discutida. Quanto mais falarmos sobre a maternidade real e sobre as emoções que podem estar presentes, as mulheres vão se sentir menos sozinhas e perceber que não são as únicas a se sentirem assim.

Mãe e bebê vão se conquistando e se encantando um pelo outro. É um processo que acontece aos poucos, que precisa de calma, por isso a cobrança é uma inimiga nesse momento.

Curtir os pequenos momentos de encantamento, como os sorrisos, os olhares e as expressões do bebê, vai possibilitando que o amor se estabeleça, para cada mãe em um momento e de um jeito todo especial.

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Bruna Osorio – Psicóloga Clínica

CRP: 06/118617

Facebook: Bruna Osorio Psicologia

 

 

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