Estudos indicam que analgésico atrapalha efeitos da vacina
É muito comum ver bebês com reações às vacinas, como febre e mal-estar. Algumas mamães e papais mais ansiosos são capazes até de prever a reação! E para aliviar os sintomas, ou até prevenir, são utilizados analgésicos e antitérmicos. Um estudo financiado pela empresa belga GlaxoSmithKline Biologicals, publicado na revista científica The Lancet, e realizado na República Checa, contraindica essa prática preventiva logo após a aplicação afirmando que esse tipo de medicação atrapalha efeitos da vacina. Vamos entender melhor o estudo?
Entenda o estudo sobre como a prevenção atrapalha efeitos da vacina
Pesquisadores acompanharam 459 crianças saudáveis depois de receber duas doses de vacina (primária e reforço). Essas crianças foram divididas em dois grupos, um, com 226 crianças, que foi administrado, preventivamente, três doses de Paracetamol, medicação para diminuir a febre, em intervalos de seis a oito horas, ou seja, nas 24 horas seguintes, e outro que não recebeu nenhum tratamento preventivo.
O intuito era diminuir os casos de estado febril (acima de 38ºC) depois da vacina e analisar a resposta do sistema imunológico em relação a criação de anticorpos.
Resultados
Tiveram febre de 38º ou mais depois da primeira dose da vacina:
- 42% das crianças que tomaram a medicação preventiva
- 66% das crianças do outro grupo
Tiveram febre de 38º ou mais depois do reforço da vacina:
- 36% das crianças que tomaram a medicação preventiva
- 58% das crianças do outro grupo
Já a concentração dos anticorpos presentes nas vacinas pneumocócicas (pneumonia e meningite), foi consideravelmente menor nas crianças que tomaram Paracetamol preventivamente.
Concluindo: os pequenos que foram menos acometidos pela febre, tiveram, também, uma menor concentração de anticorpos no organismo.
Com isso, os pesquisadores concluíram que o uso preventivo de analgésicos e antitérmicos deve ser realizada somente sob prescrição médica. E como a febre é uma das reações mais comuns às vacinas, o ideal é que você espere seu filho apresentar alguns sintomas antes de ministrar qualquer tipo de medicamento. E não esqueça de somente recorrer a remédios com o aval do pediatra do pequeno!
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