Infecção urinária em bebês tem difícil diagnóstico
Um dos principais desafios da infecção urinária em bebês é o difícil diagnóstico. Apesar de ser fácil de tratar, nem sempre a família percebe que os sintomas apontam para a doença, o que acarreta demora no início do tratamento e o risco de danos permanentes aos rins. E essas sequelas são maiores em crianças de até dois anos.
Quais são as causas da infecção urinária em bebês?
O nome correto para a doença é infecção no trato urinário, que é caracterizada pela presença de bactérias – que costumam vir dos órgãos genitais, principalmente do ânus ou até pelo sangue.
Entre as causas mais comuns, pode-se citar:
- Desidratação;
- Dificuldade do bebê esvaziar a bexiga;
- Fimose nos meninos;
- Incontinência urinária;
- Refluxo urinário;
- Má higienização na troca de fralda;
Sintomas da infecção urinária em bebês
Como bebês não falam e não apontam se há dor ou incômodo na hora de fazer xixi, os pais costumam ter dificuldade de identificar os sintomas da infecção urinária. Muitas vezes, apenas uma febre inexplicável é relatada ao pediatra. Mas, a doença pode trazer outros sintomas:
- Urina opaca, escura, com sangue e com cheiro ruim;
- Irritabilidade, sem explicação;
- Vômitos;
- Falta de apetite;
- Emagrecimento ou dificuldade para ganhar peso;
Como é feito o diagnóstico?
Se o bebê apresentar febre inexplicável, associada ou não aos sintomas listados acima, o pediatra deve ser consultado. Caso o especialista desconfie de uma infecção urinária, vai solicitar um exame de urina para tentar detectar as bactérias. O resultado sai em poucos dias.
Mas como fazer um exame de urina em um bebê?
Se você ainda não precisou realizar um exame de urina no bebê, essa dúvida é comum. Pois, diferente dos adultos que colhem uma amostra em um potinho, os bebês passam por uma coleta diferente.
Para conseguir uma amostra de urina que não esteja contaminada pela pele, resíduos de pomada e fezes, o método utilizado em bebês envolve um saco plástico esterilizado, com um burado – que ficará em torno da vagina ou pênis do bebê.
Após colocado, o desafio é aguardar o bebê urinar, olhando a cada 5 ou 10 minutos, para retirar o saco antes que o líquido vaze. Nem sempre dá certo na primeira vez e pode acontecer de precisar trocar o saquinho. Nossa dica é reservar um período do dia para realizar o exame sem pressa e seguir as recomendações do laboratório.
Em casos extremos, os médicos podem solicitar a amostra com um cateter colocado na uretra, que retira a urina diretamente da da bexiga. É um método desconfortável para o bebê, mas realizado em menos de um minuto.
Tratamento da infecção urinária em bebês
Feito o diagnóstico, o pediatra vai indicar um antibiótico para o tratamento. Mesmo que a criança apresente melhora, é importante que a família siga o período completo de tratamento, que pode chegar a duas semanas, para que a infecção não volte.
Previna a doença!
- Ofereça água várias vezes ao dia para o bebês;
- Evite a prisão de ventre com alimentação rica em fibras;
- Use lenços umedecidos somente quando não for possível a higienização com água e algodão, na hora de trocar a fralda;
- Nas meninas, tenha atenção com a higienização, limpando a região íntima de frente para trás (evitando levar resíduos de fezes para a vagina);
- Também não exagere na quantidade de sabão, para não irritar o trato urinário.
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