Prevenção da obesidade infantil começa com os bebês
A obesidade infantil é uma epidemia e deve ser encarada como um problema desde cedo. Crianças acima do peso estão sujeitas a condições como pressão alta e colesterol, diabetes tipo 2, asma, gordura no fígado e estresse. É uma carga muito pesada para os nossos pequenos carregarem não é mesmo? Por isso é importante discutirmos medidas que visam a prevenção da obesidade infantil ainda na gravidez, na introdução alimentar e primeira infância.

Criança gordinha é coisa séria. Vamos falar sobre as medidas de prevenção da obesidade infantil
Obesidade infantil no Brasil e no mundo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 41 milhões de crianças menores de 5 anos são obesas ou estão acima do peso no mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que mais de 7% dos pequenos menores de 5 anos sofrem com o excesso de peso. Na faixa etária dos 5 aos 9 anos, esse índice sobe assustadoramente para 33,5%.
Prevenção da obesidade infantil: bebês, amamentação e a introdução alimentar
Antes mesmo de nascerem, os bebês são impactados pelos hábitos alimentares da mãe durante a gravidez. Gestantes que ganham muito peso têm crianças maiores, além de favorecer o aparecimento de condições como a diabetes.
Após o parto, a amamentação exclusiva até os 6 meses é decisiva para um crescimento saudável. A inclusão de fórmulas infantis no lugar do leite materno também contribui para o acúmulo de peso ainda nos primeiros meses de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês mamem no peito até os 2 anos de vida ou mais.

Amamentação exclusiva até os 6 meses de vida e complementar até os 2 anos ou mais é decisiva na prevenção da obesidade infantil
Na introdução alimentar – que não deve ser feita antes dos 6 meses de vida – a rotina de refeições do bebê deve ser composta por opções saudáveis, como frutas, verduras, legumes, grãos, leguminosas, cereais e proteínas boas. A ingestão de açúcar e sal não é recomendada nesta fase, sendo que o açúcar não deve ser introduzido antes dos 2 anos de idade.
Confira dicas para prevenir a obesidade infantil na sua casa:
- Não tenha doces, salgadinhas e bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, em casa.
- Bolachas, sobremesas tipo petit suisse, achocolatados, gelatina, entre outras opções que são comuns na rotina alimentar de bebês não são opções saudáveis. Evite ao máximo ter em casa!
- Incentive o consumo de frutas, verduras e legumes desde sempre. Leve as crianças à feira e tenha variedade dos produtos na geladeira.
- Deixe porções de frutas já cortadas em recipientes individuais, para o fácil acesso dos pequenos e também crie o hábito de oferecer a fruta in natura ao bebê desde a introdução alimentar.
- Bebês não devem tomar suco antes de completarem 1 ano, mesmo os naturais sem açúcar. Conforme sugerimos no tópico anterior, ofereça a fruta in natura.
- Na hora das refeições, desligue a TV. O hábito distrai e faz com que crianças, e também adultos, comam mais.
- Introduza uma rotina de sono para que as crianças durmam cedo desde bebês. Crianças que dormem pouco são mais propensas a ganharem peso.
- Reserve o consumo de guloseimas para ocasiões especiais, como festas de aniversário.
- Brinque com o seu filho. O sedentarismo é uma das principais causas da obesidade infantil. Incentive brincadeiras ao ar livre e a prática de esportes.
- Em complemento a recomendação anterior, evite ao máximo a exposição de bebês a videogames, computadores, tablets, celulares e televisão. O hábito pode acompanhá-los pela primeira infância, tornando mais difícil o estímulo a outras atividades.
- Não trate o alimento como recompensa, especialmente os doces. Crianças que se acostumam com isso podem se tornar adultos que apelam para a compulsão alimentar quando estressados.
- Não insista se o bebê recusar a papinha ou a mamadeira. Respeite a vontade (e a saciedade) da criança.
- Não “engrosse” mamadeiras de forma alguma. Adoçar, nem pensar!
- Estipule horários para as refeições e os cumpra. Não incentive os beliscos, mesmo que o bebê não tenha se alimentado “bem” na última refeição. A criança conhece o seu limite de satisfação melhor do que os adultos imaginam.
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