Alienação Parental: Crianças são as maiores prejudicadas
A alienação parental é um comportamento bastante comum nos dias atuais, caracterizada pela influência emocional e psicológica de um dos pais sobre a criança.
Quando há alienação, os filhos sofrem com a manipulação de sentimentos e comportamento nocivo de um dos pais ou responsáveis, na tentativa de denegrir a imagem e diminuir o contato da criança com o outro genitor, causando prejuízo no vínculo entre eles. A alienação pode ainda, ser exercida por terceiros, como avós, irmãos, tios, etc.
Quando a alienação parental aparece?
A alienação parental normalmente aparece após um divórcio, quando uma das partes não consegue elaborar a perda do cônjuge e decide de alguma maneira se vingar pelo sofrimento que está sentindo. Assim, tenta de todas as maneiras romper os laços do outro genitor, com falas, atitudes, chantagens emocionais e diversos outros mecanismos para mudar a visão que a criança tem do outro.
O genitor alienador toma decisões importantes sobre a vida da criança sem consultar a outra parte, interfere nas visitas, emite falsas acusações, xinga, critica, reclama de todas as atitudes, denigre a imagem, obriga a criança a escolher se ela prefere o pai ou a mãe.
Fica pedindo informações da vida do outro genitor, se entristece quando a criança demonstra gostar do genitor alienado, briga quando ela demonstra interesse pelo ex cônjuge, inventa histórias que fazem com que a criança duvide da integridade e até mesmo do amor do outro genitor por ela.
As crianças são as maiores prejudicadas
As crianças normalmente amam os seus pais igualmente e os consideram como heróis. Para ela, eles são pessoas confiáveis, que trazem segurança, o que exerce uma forte influência na constituição e no seu desenvolvimento emocional. Entretanto, quando um deles começa a impor o seu modo de sentir e interpretar o outro, a criança é impedida de criar a sua própria visão de cada genitor.
Essa situação deixa efeitos emocionais e marcas muito profundas na criança. Ela é quem mais sofre com essa disputa. A confusão é o primeiro sinal que aparece, pois a criança não entende o que está acontecendo e não sabe mais em quem acreditar.
Às vezes vivencia com um genitor momentos agradáveis e carinhosos, mas depois ouve coisas horríveis sobre ele, que não parecem de acordo com a realidade. A criança se sente extremamente culpada por gostar e se sentir bem na presença do genitor alienado, e pode também sentir raiva dos genitores.
Além disso, pode desenvolver ansiedade, insegurança, baixa autoestima, apresentar comportamento agressivo, dificuldade de estabelecer relações interpessoais, se sentir muito sozinho e se isolar cada vez mais.
Conforme vai sendo exposto pela alienação parental, pode querer parar de ter contato com o genitor alienado, se recusando a visitar ou falar com ele, apresentando muitos sentimentos negativos em relação a ele.
São conseqüências muito graves, que vão mudar a forma da criança se relacionar com o mundo e com a família, por isso é importante as pessoas próximas estarem atentas e tentarem impedir que a criança seja submetida a esse comportamento por muito tempo.
Bruna Osorio – Psicóloga Clínica
CRP: 06/118617
Facebook: Bruna Osorio Psicologia
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