Dia das Crianças e psicóloga alerta: presente não pode ser uma recompensa
Dia das crianças está chegando e logo surge uma preocupação: o presente!
Presentear é um gesto de amor e carinho que todos nós amamos, principalmente, quando crianças.
Não tem nada de errado nisso, até que o presente não vire uma recompensa para, por exemplo, um bom comportamento, por ser educado com alguém, ir bem na escola e tantos outras “obrigações” da criança.
Conversamos a respeito com a psicóloga especialistas nos universos materno e infantil, Luciana Rocha, que fez questão de alertar para os cuidados na tratativa e na relação presente, consumo e recompensa entre adultos e crianças.
A psicóloga ressalta que vivemos num momento atual de grande convite para pensarmos em temas importantes como a questão do consumo, por exemplo, e as datas comemorativas sempre intensificam esse debate.
“As datas comemorativas servem para que possamos celebrar, comemorar algo que julgamos ser importante. O presente é apenas uma forma, e não a única, de celebrarmos a importância do momento. E isso precisa ser levado em consideração”, pontua.
Para Luciana é importante deixar claro que o dia das crianças – assim como o dia das mães ou dias dos pais – é apenas um dia no ano.
“O que acontece nesse dia, na realidade, pouco importa, em termos de presente ou não, o que mais importa é o que acontece durante todos os outros dias ao longo do ano”, ressalta a especialista, convidando para uma reflexão a respeito.
“Olhando por essa perspectiva, o presente passa a ser apenas uma lembrança da alegria de se ter aquela pessoa por perto, uma comemoração pela vida e oportunidade. Não é o centro das atenções, nem o protagonista do dia.
E falando em presente, outra preocupação é sobre o merecimento ou não.
Se a criança não se comporta, não ganha o presente! Se a criança se comporta, é obediente, tira boas notas, ganha um presentão!
Será que isso é legal?
Deixa eu te fazer uma pergunta: no dia das mães e dos pais, tem o mesmo julgamento?
Se a mãe se comporta, ganha presente. Se o pai não se comporta, não ganha presente! Não é assim, não é mesmo?
Por isso, para as crianças também não deve ser!
Os presentes em datas comemorativas estão ali para marcarem essa comemoração.
É uma alegria repartida pelo sentido da data. É a alegria de ter essa criança em sua vida! Esse é o sentido do presente. Apenas um plus para essa comemoração.
Ah, não quero dizer que o presente é obrigatório para isso, ok? Ele é apenas um marcador para as famílias que têm o hábito de trocar presentes.
Em outros momentos, fora das datas comemorativas, o presente pode ser usado como uma recompensa por algo que a criança conquistou. Assim como os adultos fazem consigo.
Se eu conseguir a promoção no emprego, compro tal coisa; se eu conseguir economizar tanto, viajo para tal lugar.
Porém, os presentes ofertados nas datas comemorativas não devem estar associados com uma conquista ou não da criança. O valor deles, sentimental, é outro!
Pense nisso com carinho e, independentemente de ter ou não presentes, comemore a alegria de terem um ao outro!”, finaliza.
E por aí, como é a relação do presente com as crianças? Reflitam!
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