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Produção independente e o impacto da criação sem pai

Bem sucedidas profissionalmente e solteiras. Esse é o perfil principal das mulheres que realizam o sonho de serem mães de produção independente, através da reprodução assistida com sêmen doado. Mesmo estando seguras da decisão, muitas ainda têm dúvidas quanto a um aspecto da maternidade solo: a criação sem pai. Afinal, há impactos no desenvolvimento emocional e social da criança? O que devo falar quando ela perguntar “quem é o meu pai”? Nesta matéria vamos responder estas perguntas com a consultoria da psicóloga infantil Priscila de Souza Stel.

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Produção independente – Criação sem pai

“A criação sem pai pode causar impactos na vida emocional da criança. Assim como a figura materna, a paterna também tem um papel fundamental e importante na formação da sua identidade”, afirma a psicóloga, que destaca que a criança pode apresentar alguns “sintomas” relacionados a esta ausência: sensação de “vazio”, ansiedade, frustração e insegurança em estabelecer relações com outras pessoas. Uma das formas de amenizar este tipo de situação é trazer outras referências masculinas para o convívio diário da criança, como um avô, um padrinho e tios, por exemplo. “É uma forma de ampliar a construção de vínculos, fora do elo com a mãe”.

Outra forma da criança não sofrer tanto com a ausência da figura paterna é ter consciência do modelo de família que está inserida. Afinal, ela não foi abandonada pelo pai, levando em conta o cenário em que a mãe optou pela produção independente com a reprodução assistida.  “O mais importante é a mãe ser verdadeira com a criança, explicando sua origem de maneira simples, para que a criança entenda. Se ela souber da verdade desde cedo, ela irá conviver mais naturalmente com o fato de não ter um pai”, explicou a profissional. A mãe deve ter o controle da situação e evitar que a criança se sinta constrangida ao saber por outras pessoas, por exemplo. A escola também deve ter conhecimento do modelo de família.

É importante lembrar que a partir do momento que a mãe perceber algum sofrimento emocional ou social, uma ótima alternativa é buscar o auxílio de um psicólogo. “A terapia infantil é indicada para qualquer modelo de família, mas é especialmente funcional neste tipo de situação. Se a mãe perceber algum sintoma que esteja afetando seu comportamento, em casa ou não escola, é hora de buscar um profissional”. Com a terapia, a criança consegue expressar os seus sentimentos e experimenta outras formas de lidar com a própria realidade. A mãe pode, inclusive, usar as sessões para explicar de forma lúdica como a criança foi gerada e porque ela não tem pai.

 

 

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