Primeiros dentes do bebê: medidas naturais aliviam incômodo
O nascimento dos primeiros dentes do bebê é um importante marco no desenvolvimento. Em geral, os dentinhos começam a surgir por volta das 6 meses e completam o seu ciclo (de leite) por volta dos 3 anos de idade.
É muito comum que os pequenos apresentem algumas mudanças de comportamento nessa fase, mas medidas naturais podem ajudar a aliviar os incômodos tornando essa fase mais leve e tranquila para a família.
Conversamos com a pediatra Bianca Mello, que falou sobre os principais sintomas que os bebês apresentam com o nascimento dos primeiros dentes:
- Salivação excessiva
- Coceira nas gengivas e também no ouvido
- Agitação e irritabilidade
- Inchaço e sensibilidade no local de erupção do dente
- Piora na rotina de sono
- Diminuição do apetite e até a recusa de alimentos
- Tendência a levar mais objetos a boca
“O que geralmente angustia os pais é a diminuição da alimentação, muito comum nessa fase, e a preocupação com o fato de a criança estar com dor. É muito importante respeitar todas as fases do desenvolvimento infantil e essa é mais uma deles, que com certeza irá passar”, tranquilizou a Dra. Bianca, que explicou que a saída do dente através da gengiva causa uma inflamação local.
Esse quadro causa inchaço, vermelhidão e calor no local. Em algumas crianças os incômodos são mais acentuados, enquanto outras não aparentam as mudanças de comportamento listadas acima. Para amenizar a inflamação, a pediatra indica algumas medidas naturais que ajudam a suavizar o desconforto da criança.
Como aliviar a dor no nascimento dos primeiros dentes do bebê?
Segundo a Dra. Bianca, lidar com essa fase de forma tranquila e natural é a melhor forma de amenizar o incômodo do nascimento dos primeiros dentes do bebê. Confira as dicas da pediatra:
– Objetos e substâncias geladas (sim, geladas!) costumam amenizar bastante o desconforto local, pois as temperaturas mais baixas causam contração dos vasos sanguíneos (ao contrário da dilatação dos vasos causada pela inflamação), melhorando o incômodo. Experimente deixar mordedores na geladeira e oferecer ao bebê ainda gelado. Você também pode congelar o leite materno, usar gelo local (envolto em um pedaço de gaze) ou encostar uma colher gelada na gengiva.
– Oferecer a alimentação um pouco mais gelada do que o habitual. É extremamente comum nessa fase os bebês aceitarem muito pouco ou quase nada de alimentação, já que o atrito do alimento na gengiva normalmente faz com que sintam dor. Vale oferecer os alimentos mais frios ou até um pouco gelados para aliviar a inflamação local. Essa diminuição alimentar é muito comum e vai passar com a melhora do desconforto.
Pode passar pomada ou gel anestésico?
Uma série de produtos está disponível nas farmácias com a promessa de aliviar as dores do nascimento dos primeiros dentes. “Esses produtos – normalmente em formato de pomada ou gel – são compostos de anestésico tópico, que não deixa de ser uma substância artificial e com certa absorção pela criança, ainda que muito pouco. As mães também encontram opções homeopáticas, que são mais recomendadas por não conterem substâncias potencialmente tóxicas ou alergênicas para as crianças. Apesar de todas essas opções disponíveis, sugiro dar preferência às medidas naturais que listamos acima”, declarou a Dra. Bianca, lembrando que qualquer tipo de medicação deve ser administrada com indicação do pediatra, incluindo os analgésicos orais.
Colar de âmbar
Quando o assunto é nascimento dos primeiros dentes do bebê, uma das medidas mais polêmicas é o uso do colar de âmbar. “Acredita-se que ele funciona como analgésico e anti-inflamatório natural, amenizando dores da fase de dentição e as cólicas, e por isso o colar ganhou a atenção dos pais. No entanto, não há nenhum estudo científico comprovando os benefícios do colar e, mais ainda, seu uso pode até ser perigoso”, lembrou a pediatra.
“A Sociedade de Pediatria Canadense apontou que o colar, por estar no pescoço da criança, pode levar a enforcamentos e, caso se rompa, o bebê pode ingerir as pedrinhas. Se mesmo assim os pais decidirem usar, vale prestar atenção à procedência do material, manter vigilância constante da criança enquanto estiver usando e dar preferência para uso como tornozeleira, para diminuir o risco de sufocamento”, indicou a Dra. Bianca.
Especialista em Pediatria:
Dra. Bianca Mello
CRM 145.227
Formação na Faculdade de Medicina de Jundiaí, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de São Paulo (USP-SP)
Contato: (11) 97555-2002.
Instagram: @drabiancamello
Facebook: https://www.facebook.com/drabiancamello/
E-mail: drabiancamello@hotmail.com
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