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Casos de produção independente aumentam 300% em 5 anos

Atualmente vivemos em uma época em que a mulher ganha cada vez mais espaço nos campos profissionais e políticos de nossa sociedade, tornando-se cada vez mais independente, porém, isso não significa que o sonho de ser mãe esteja se esvaindo com tantas mudanças. Justamente pela mulher perceber a força que possui sozinha, em apenas cinco anos, o especialista em reprodução humana Dr. Rodrigo da Rosa Filho constatou um crescimento de 300% no número de casos de mulheres, acima dos 35 anos, que buscam por uma produção independente.

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A mulher ainda traz consigo o sonho de ser mãe, porém, em uma visão diferenciada, sem a exigência de uma figura paterna presente.

Entenda como funciona a produção independente

No Brasil, para que ocorra uma produção independente, é preciso que se recorra a um banco de sêmen, onde a identidade do doador é mantida em sigilo por lei. A futura mamãe terá acesso apenas a informações básicas, como tipo sanguíneo, altura, peso, cor dos olhos, cor e textura do cabelo, cor da pele, estrutura óssea, raça e origem étnica. Em alguns bancos internacionais, como por exemplo nos Estados Unidos, é possível ter acesso a todos os dados do doador, como fotos de infância, histórico de doenças familiares, profissão, hobbies, entre outros.

A partir do momento em que o doador foi escolhido e o sêmen já foi obtido, o procedimento a ser utilizado para que haja a fecundação do óvulo e este seja transferido para o útero, é a fertilização in vitro (FIV).

Rodrigo explica que a fertilização in vitro é realizada em laboratório, onde a mulher é submetida a um tratamento hormonal para produzir mais óvulos. A coleta é realizada por punção via transvaginal, sob anestesia. No mesmo dia, os espermatozoides são preparados, em laboratório, e colocados em uma plaqueta junto dos óvulos, para que a fertilização aconteça espontaneamente. Rodrigo explica que, após fecundados, os óvulos têm seu desenvolvimento acompanhado e são transferidos para o útero da futura mamãe através de um cateter após três a cinco dias.

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A fertilização in vitro é o método utilizado em uma produção independente.

O sonho da maternidade ainda vive no coração das mulheres, que apenas estão adiando um pouco mais e tornando este, um desejo particular, onde a figura paterna nem sempre precisa estar presente. Alguns dos principais motivos apontado por elas para esta mudança na criação da família incluem instabilidade nos relacionamentos amorosos, segurança financeira e ascensão profissional. O especialista ainda constatou que, dos 500 casos que atendeu entre 2010 e 2016, apenas 5% contaram com doador de sêmen.

De acordo com Rodrigo, “elas chegam decididas no consultório: ser mãe solteira. Eu realizo os sonhos delas”. Porém, o especialista enfatiza que este desejo precisa de acompanhamento profissional, e, nesse caso, um psicólogo ajudará a futura mamãe a decidir se é realmente isso que ela quer, pois estará assumindo os dois papéis, uma grande responsabilidade, e se está preparada para, no futuro, decidir como, quando e o que contar para o pequeno em relação a paternidade. Para ter certeza de que tudo caminhará da melhor forma possível, o médico afirma “conto com o apoio de uma equipe multidisciplinar, que oferece suporte terapêutico e nutricional para as futuras mamães”.

Karina Bacchi, grávida de 4 meses de produção independente, exemplifica perfeitamente este novo nicho de mamães por opção, cada vez mais crescente. A notícia foi dada a seus seguidores por suas redes sociais em fevereiro, juntamente de sua entrevista à revista Contigo!, onde a blogueira fitness revelou, na legenda do post, “Me sinto abençoada e muito feliz à espera do meu anjinho”. Karina ainda conta que não desistiu do amor, pretende casar novamente e formar uma família, mas que a decisão de ter um filho, aos 40, de produção independente, foi a decisão certa, e uma escolha muito bem analisada antes de ser executada. A blogueira havia congelado seus óvulos aos 35 anos, quando afirmou que, apesar de não querer filhos naquele momento, “nunca se sabe o dia de amanhã”.

 

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