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Produção independente: conheça as técnicas de reprodução

Conforme constatamos nas últimas matérias do Ficar Grávida sobre produção independente, decidir ser mãe sem um parceiro é uma escolha consciente da mulher moderna. E fica claro o impacto da idade avançada e a busca por sucesso na carreira profissional nesta decisão. Ao aguardar para ter filhos, a mulher tem que arcar com o declínio da sua fertilidade. Com isso, a busca por profissionais especializados em fertilidade aumenta consideravelmente. Hoje vamos falar sobre o aspecto médico da produção independente. Você conhece as técnicas de reprodução? Entrevistamos o Dr. Paulo Gallo de Sá, especialista em reprodução humana assistida e diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade no Rio de Janeiro (RJ) para falar sobre as alternativas que as mulheres que desejam ser mães sem um parceiro têm atualmente.

É importante frisar que a escolha da técnica de reprodução envolve uma decisão médica, e não uma preferência da mulher. O especialista irá realizar uma série de exames e decidirá pela melhor abordagem, levando em conta todo o histórico médico da mulher. Outro fator influenciador é a idade. Mesmo na reprodução assistida, os níveis de sucesso de um tratamento podem cair em função de um óvulo de baixa qualidade. “O ideal é se submeter aos tratamentos aos 35 anos. Mas até os 42 podemos ter resultados satisfatórios”.

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Técnicas de reprodução assistida

No caso da produção independente, as mulheres podem realizar o sonho de ser mães com duas técnicas de reprodução assistida que utilizam sêmen doado, que pode ser adquirido em bancos nacionais ou importados:

a) Inseminação intra-uterina (IIU): também conhecida como inseminação artificial, consiste em estimular a ovulação com medicamentos. Essa estimulação ovariana tem por finalidade produzir de dois a três óvulos no ciclo de tratamento e fazer com que eles sejam liberados no momento e da forma correta. “Acompanhamos o crescimento folicular através de ultrassonografia transvaginal seriada e, no momento adequado, induzimos a ovulação e injetamos os espermatozóides (que passaram por uma triagem prévia, na qual os “mais rápidos” foram selecionados) na cavidade uterina. As vantagens desta técnica são o custo menor (cerca de R$ 5 mil por tentativa, incluindo as medicações) e o fato de ser menos invasiva”, explicou o Dr. Paulo, que lembrou que as taxas de gravidez com a inseminação são menores – variam de 5 a 20% – e dependem bastante da idade da mulher.

A inseminação exige que a mulher não esteja com as tubas uterinas obstruídas. Todo o processo de formação do embrião, incluindo a chegada no útero e implantação, ocorrem sem interferência médica, como em uma gravidez natural. O teste de gravidez é realizado cerca de duas semanas após o procedimento.

b) Fertilização in Vitro (FIV): consiste em promover o encontro do óvulo com os espermatozoides fora do organismo da mulher, em laboratório. A indução da ovulação da paciente é realizada com doses mais altas de medicamentos, de tal maneira que cresçam o maior número possível de folículos. “O acompanhamento do crescimento folicular também é feito através de ultrassonografia transvaginal seriada e, no momento adequado, promovemos o amadurecimento final dos óvulos com uma medicação específica. Cerca de 36 horas depois, os óvulos são coletados por via transvaginal através de uma agulha, com a paciente sedada. A fecundação é feita em laboratório. Quando o embrião estiver pronto para ser transferido, a paciente é chamada até a clínica e, por meio de um cateter, as células são inseridas diretamente no útero da mulher.  As desvantagens desta técnica são o custo maior (de R$ 10 mil a R$ 25 mil por tentativa, incluindo as medicações) e o fato de ser mais invasiva. Porém as taxas de gestação são de quatro a cinco vezes maiores em relação à inseminação”, explicou o especialista.

Após a implantação do embrião é recomendado que a mulher fique de repouso relativo em casa pelos próximos dois dias. O teste de gravidez pode ser realizado de 10 a 14 dias após o procedimento. É a técnica mais indicada em casos de obstrução das trombas, endometriose severa ou quando as tentativas de inseminação intrauterina não surtiram efeito.

Congelamento dos óvulos

Uma alternativa para a preservação da fertilidade da mulher é o congelamento de óvulos. “É indicado naqueles casos em que a paciente não deseja ou não possa engravidar a médio prazo (pelo menos nos próximos 2 anos). As principais indicações são o congelamento social (no caso de não ter ainda um parceiro ou não deseja engravidar no momento por motivos profissionais ou pessoais) e a oncofertilidade (nos casos em que a paciente necessita ser submetida a quimioterapia ou radioterapia para o tratamento de algum tipo de câncer). Os óvulos congelados poderão ser usados no futuro para tentar engravidar através da técnica de FIV”, explicou o especialista. O interessante do congelamento de óvulos é que as taxas de gestação serão aquelas da idade que a paciente tinha no momento do congelamento, ou seja, você pode congelar seus óvulos antes dos 35 anos e aumentar as chances de ser mãe após os 40 anos com as técnicas de reprodução assistida.

 

Custos

Como vimos, a fertilização in vitro é uma das técnicas de reprodução assistida mais caras, devido aos complexos processos científicos de alta tecnologia empregados. Os planos de saúde não costumam cobrir esses processos. Algumas clínicas realizam parcelamento, inclusive a longo prazo. Outra dica é pesquisar os procedimentos oferecidos de forma gratuita. Nestes casos, é preciso atender aos pré-requisitos de cada instituição, além de enfrentar uma fila de espera, que pode passar de um ano. Já o congelamento de óvulos varia de acordo com o profissional e com o laboratório escolhido. Mas, em média, pode ficar entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, além da anuidade dos laboratórios, que varia de R$ 500 a R$ 1 mil.

 

 

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