Ibuprofeno na gravidez pode prejudicar fertilidade do bebê
O ibuprofeno é um anti-inflamatório comum, vendido sem prescrição médica em qualquer farmácia e indicado para tratar dores, febre e enxaqueca. Mas as gestantes precisam ter cautela com o medicamento. Um estudo recente ligou o consumo de ibuprofeno na gravidez a um risco maior de problemas na fertilidade do bebê.
Pesquisa aborda riscos do consumo de ibuprofeno na gravidez
A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e publicada no Human Reproduction. Segundo os especialistas, o uso de ibuprofeno na gravidez pode alterar a quantidade de óvulos nas meninas, prejudicando sua fertilidade ainda na barriga da mãe.
Para chegar à essa conclusão, os pesquisadores analisaram células de tecido ovariano de fetos com idade gestacional entre 8 e 12 semanas, divididas em culturas que receberam quantidades diferentes do ibuprofeno.
Após sete dias, as amostras que foram banhadas em ibuprofeno – simulando uma quantidade que seria transmitida pela mãe que tomasse o remédio. Os pesquisadores atestaram que as amostras que receberam a medição tinham 50% células ovarianas a menos do que as amostras que não receberam nada de ibuprofeno.
Também foi visto que essas porções apresentavam 75% menos células germinativas, que são as que, mais tarde, se transformarão em óvulos.
Tomei ibuprofeno na gravidez. E agora?
Calma, não há motivo para pânico. Os especialistas fizeram um contraponto na publicação, lembrando que o estudo foi realizado em um experimento in vitro em laboratório. Não há como afirmar com convicção que o mesmo aconteceria durante o desenvolvimento do feto no útero.
Mas, de qualquer maneira, os resultados são um importante alerta para o consumo de medicação durante a gravidez. É fundamental que a gestante busque orientação médica antes de se medicar, priorizando sempre medidas naturais quando possível.
Fertilidade masculina
Não é só a mulher que é prejudicada com o consumo excessivo de ibuprofeno. Uma pesquisa da Universidade de Copenhague, Dinamarca, observou que homens que tomaram o medicamento por mais de seis semanas apresentaram alterações nos testículos, prejudicando ativamente a produção de hormônios sexuais fundamentais para a reprodução.
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