Nascimento Seguro é nova campanha da SBP para reduzir mortalidade de bebês
Você sabia que cerca de 2,6 milhões de bebês morrem anualmente antes do primeiro mês de vida em todo o mundo? Destes, um milhão morre já no primeiro dia. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). No Brasil, o nível de mortalidade de bebês é hoje de 9,9 a cada mil nascidos vivos. Estamos na 108ª colocação no ranking da Unicef, dentre os piores países para se nascer do mundo.
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Com o objetivo de reduzir a mortalidade de bebês no país, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apresentou a campanha “Nascimento Seguro”, que traz recomendações de boas práticas durante o parto e após o nascimento do bebê.
Mortalidade de bebês pode ser evitada com cuidados no parto e no pós-parto imediato
De acordo com a Unicef, cerca de 80% das mortes poderiam ser evitados se a equipe médica tomasse alguns cuidados básicos no nascimento do bebê, como uma equipe mais capacitada, garantia de amamentação na primeira hora de vida e do contato pele a pele entre mãe e bebê.
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Mas a meta da campanha também visa a conscientização das famílias, muitas ainda não são informadas sobre os benefícios do parto normal para a saúde do bebê e veem a cesariana como a melhor opção. A SBP também levanta a importância da presença do pediatra durante o parto.
Desigualdade social
Outro ponto abordado é a desigualdade social que impacta diretamente na mortalidade de bebês no Brasil. Segundo a Unicef, bebês que nascem em famílias mais pobres e vulneráveis socialmente têm 40% de chances a mais de vir a óbito, em relação aos nascidos em famílias de maior renda.
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Portanto, as recomendações da SBP são especialmente importantes para os profissionais e administradores da saúde pública, que devem garantir os recursos para o nascimento seguro nos hospitais e maternidades do SUS.
Confira as principais recomendações da Campanha Nascimento Seguro:
- Equipe médica deve estimular o contato pele a pele entre mãe e bebê logo após o parto, inclusive em caso de nascimento de prematuros;
- O pediatra deve ser contatado pela família ainda durante a gravidez e acompanhar o parto;
- A cesariana não deve ser uma escolha pessoa e sim uma opção da equipe médica em caso de risco de vida de mãe e/ou bebê;
- O bebê deve passar por uma bateria de exames físicos básicos, logo após o parto, para checar sua saúde;
- A gestante tem o direito de ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar, que esteja capacitada para realizar manobras ressuscitação neonatal se for preciso.
- O bebê deve ser amamentado imediatamente após o nascimento;
- A gestante tem direito a um acompanhante, de sua escolha, durante o trabalho de parto e parto;
- Quando viável, o cordão umbilical deve ser cortado somente após parar de pulsar;
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