Parto de lótus: entenda como funciona
Você já ouviu falar no parto de lótus? É uma tendência entre as gestantes adeptas das técnicas naturais de nascimento e que levanta muitas controvérsias na comunidade científica. Pesquisamos sobre o ritual e vamos explicar todos os detalhes para você!
O que é o parto de lótus?
Considerado como um ritual espiritual em muitos países, como Estados Unidos, Austrália e Indonésia, o parto de lótus consiste em conservar a placenta após o nascimento do bebê. A criança é mantida ligada ao órgão, através do cordão umbilical – que não é cortado, até que a ruptura aconteça de forma natural. Normalmente, isso acontece cerca de dez dias após o nascimento do bebê.
O parto de lótus ganhou popularidade a partir de 1974, quando a norte-americana Claire Lotus levou seu filho para casa ainda ligado à placenta e ao cordão umbilical.
Existem ainda versões parciais do parto de lótus. Nesses casos, o bebê é separado da placenta de quatro a seis horas após o nascimento, até que o cordão pare de pulsar.
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Quais são os benefícios do parto de lótus?
Quem opta pela prática acredita que manter o bebê ligado à placenta, até que a separação ocorra naturalmente, traz diversos benefícios. Entende-se que a placenta é um símbolo de vida e energia vital, que nutriu a criança durante a gestação.
Por isso, uma separação lenta facilitando a adaptação do bebê para a vida fora do útero. Outro benefício é o aporte de ferro e demais nutrientes que o bebê continuaria recebendo através do cordão umbilical. Clique aqui e leia sobre os benefícios do corte tardio do cordão umbilical.
Porém, não há estudos que comprovem que o parto de lótus seja seguro e traga esses benefícios para a saúde do bebê. A principal preocupação de especialistas é quanto aos riscos envolvidos na preservação da placenta e do cordão umbilical.
Cuidados com a placenta
Um dos principais cuidados com os recém-nascidos é justamente com a higiene do coto umbilical. Com o parto de lótus, a higienização deve se estender a toda extensão do cordão.
Outra preocupação é com a placenta, para evitar a proliferação de bactérias e microorganismos. Para isso, muitas mulheres envolvem a placenta em um tecido, dentro de uma vasilha, para que ela possa ser manuseada com cuidado.
Pode-se acrescentar sal grosso, ervas e pétalas de flores, para evitar o mal cheiro e favorecer a desidratação do órgão. Uma das orientações de quem pratica é que essa solução deve ser trocada diariamente até a separação completa. Também há quem mantenha a placenta em uma bolsa térmica, o que também facilita a higienização.
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Quem pode fazer um parto de lótus?
Se você se interessou pela prática é bom saber que, no Brasil, você só conseguirá um parto de lótus se optar pelo nascimento domiciliar. Isso porque as maternidades brasileiras têm rígidos protocolos quanto ao destino de placenta: ou ela é descartada como lixo hospitalar ou entregue à mãe congelada.
Placenta: veja outras tendências
E o que fazer com a placenta após a separação completa? Um dos principais costumes, visto em diversas civilizações, é plantar o órgão. Algumas mães optam ainda por uma pintura com a placenta e do cordão, de modo que seu formato e suas propriedades formem a estampa. Outra possibilidade, que levanta muita polêmica, é comer a placenta.
Muitas pessoas acreditam que o consumo traz benefícios para a mãe, como a prevenção da depressão pós-parto, aumento na produção de leite materno e fortalecimento do instinto maternal. A apresentadora Bela Gil foi uma das adeptas desta tendência. Você pode ler mais sobre esse assunto em outra matéria aqui no Ficar Grávida.
#LotusBirth
As gestantes que desejam saber mais sobre a prática podem se inspirar nas redes sociais. Buscamos a hashtag #LotusBirth e encontramos diversos depoimentos sobre o parto de lótus.
https://www.instagram.com/p/Behp1cqjEWO/?tagged=lotusbirth
https://www.instagram.com/p/BeGPG82BbV7/?tagged=lotusbirth
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