Parto prematuro pode ser evitado com uso de progesterona, aponta pesquisa
Cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros. segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Muitas razões podem estar ligadas à condição, como doenças crônicas como diabetes e hipertensão. E, até então, os especialistas não sabiam como evitar que os bebês nascessem antes da 37ª semana. Mas uma pesquisa publicada no American Journal of Obstetrics & Gynecology apontou uma novidade na área: o uso de progesterona pode ajudar a evitar o parto prematuro.
Estudo aponta progesterona como forma de prevenir parto prematuro
A pesquisa sugere que a suplementação de progesterona via vaginal pode prevenir parto prematuro nas mulheres com colo de útero curto, condição que pode ser diagnosticada durante o ultrassom. Os cientistas analisaram 1000 mulheres que apresentavam esse tipo de colo de útero para concluir o estudo, que contou com a participação do médico brasileiro Eduardo Fonseca, da Universidade Federal da Paraíba.
“A progesterona é um hormônio natural produzido pelos ovários antes da gestação e pela placenta após a 8ª semana de gravidez. Ela tem duas ações sobre as fibras uterinas: aumentar o limiar de contrações evitando as prematuras que podem desencadear o parto precocemente, e o efeito anti-inflamatório local, que pode agir nas pacientes que têm o colo do útero curto”, explica Fonseca, um dos autores do trabalho.
Suplementação via vaginal é melhor absorvida
Para a progesterona ser melhor absorvida, a aplicação do hormônio deve ser via vaginal. Segundo Fonseca, quando a medicação é tomada, ela vai primeiro pelo fígado e é metabolizada por outras substâncias e, dessa forma, pode causar mais efeitos colaterais indesejados como sono, náuseas e vômitos.
Mulheres que já tiveram parto prematuro também podem se beneficiar
Outro dado importante levantado pela pesquisa é que a suplementação pode ser prescrita para mulheres com histórico de parto prematuro anterior. “Com a suplementação do hormônio nesse grupo específico, conseguimos reduzir a prematuridade entre 40 a 50% e diminuir as principais complicações de curto prazo – principalmente nos nascimentos que ocorrem antes da 35ª semana.
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Pollyana
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Sou prova viva disso. Tenho insuficiencia de istmo(colo do utero curto). O 1°obstetra que cuidou de mim disse que eu chegaria no máximo a 34 semanas de gestação. Com a troca de obstetra comecei a usar 3 doses diarias de progesterona e só tive meu bebê após interromper o uso do medicamento, com 38 semanas. De parto normal. Cujo o trabalho de parto levou só 4 hora…justamente por causa do colo curto útero ser curto.
6 de março de 2018Redação
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Olá, Pollyana! Tudo bem? Que legal! Ficamos muito felizes de ler seu comentário. Prova de que é preciso confiar em nossos especialistas e procurar mais informações sobre importantes avanços na obstetrícia. Parabéns pelo bebê e pela história! Se você quiser compartilhar seu relato de parto conosco, envie a história completa do pré-natal e do parto para o e-mail redacao@ficargravida.com.br. Um beijo!
7 de março de 2018