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Produção independente e o desejo de ser mãe

Quando a atriz Karina Bacchi anunciou que estava grávida, em uma produção independente, muita gente deve ter se perguntado o que leva uma mulher a desejar ser mãe solteira. Em entrevistas, a atriz revelou que sempre quis ser mãe e aos 40 anos, sem um parceiro, decidiu realizar este sonho. Ela utilizou a fertilização in vitro, com sêmen doado, que é uma das principais alternativas buscadas por mulheres que estão considerando a produção independente. Foi o que fez a nossa personagem da matéria de hoje: a carioca Bettina Boklis, que buscou a fertilização quando estava prestes a completar 41 anos.

“Eu sempre trabalhei muito e dei um foco maior para esse lado profissional por muitos anos. Queria conquistar minha independência financeira. Tive alguns namorados e um breve casamento. Decidi ser mãe quando estava próxima de completar 41 anos e meu namorado na época não queria mais filhos. Resolvi congelar meus óvulos e decidi fazer a fertilização logo em seguida. Minha filha está perto de completar quatro anos e estou realizada”, explica Bettina, que contou sua trajetória no blog Maternidade Independente e prefere este termo a produção independente. “Produção independente é uma expressão, sem dúvida, mais conhecida. Mas maternidade independente sugere um processo que envolve amor e uma decisão muito consciente – não “falta de alternativa” ou “plano B”. É, digamos, mais apropriada para designar a grandiosidade do que é ser mãe”, acredita Bettina.

Para Bettina, o principal desafio de todo o processo foi a escolha do doador. “Nos EUA, a mulher tem acesso a informações mais completas, incluindo fotos e áudios com a voz do doador. Aqui no Brasil, temos direito de saber apenas oito características: tipo sanguíneo, religião, cor do olho, cor do cabelo, altura, peso, hobby e profissão. Se você for pensar é muito pouco para decidir sobre um ‘pai’. O banco de sêmen te pede para escolher seis opções e é uma decisão estranha. E se eles errassem meu pedido? E se desse algum problema?”, explicou Bettina, que ficou mais tranquila após conhecer todo o processo envolvido na triagem com o banco de sêmen que escolheu.

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Produção independente – Decisão deve ser bem pensada

Na opinião de Bettina, o mais importante é que a decisão deve ser bem pensada e planejada, já que criar uma criança sozinha envolve muitos fatores, inclusive financeiro. Contar com uma rede de apoio – muitas vezes formada pela família próxima, como pais e irmãos – também é importante. Outra alternativa é a contratação de uma babá em tempo integral. Foi o que fez Bettina. A profissional já trabalhava para ela como diarista antes da gravidez e se mudou para a casa dela após o nascimento da bebê.

Este tipo de ajuda foi fundamental, já que a sua família morava em outro estado. Quando questionada sobre a falta que um pai faz, ela acredita que faz diferença. “Não é por questão amor, apoio ou dinheiro. É porque a maioria das crianças tem um pai, mas ela não tem. Não é simples para ela entender. Eu também sinto, às vezes, falta de dividir, de proporcionar uma família mais tradicional. Mas, ao mesmo tempo, eu tenho certeza que foi a melhor decisão que tomei na minha vida”.

Bettina acredita que buscar uma reflexão especializada, como uma terapia por exemplo, é um bom ponto de partida para quem está considerando uma produção independente. “É fundamental ter uma estrutura emocional para aguentar essa responsabilidade. Outro ponto é a questão financeira. O custo de ter uma criança sob sua responsabilidade é alto. E quanto mais eles crescem, maiores são os investimentos. A mulher deve avaliar com critério esse aspecto. Acho que todas nós sabemos das nossas limitações e, por isso, digo que tem que ser racional neste momento. Mas se não fosse um sonho para mim, talvez eu não teria feito. Que bom que eu sonhei!”, declarou Bettina.

Se você quer saber mais sobre produção independente, fique ligada! Teremos mais matérias especiais sobre o tema ainda nesta semana aqui no Ficar Grávida!

 

 

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