Transplante de útero: pesquisadores estão otimistas com fase experimental
A Universidade de Gotemburgo, na Suécia, divulgou na última semana o resultado parcial de seus últimos anos de pesquisa sobre o transplante de útero. Os resultados são animadores: das dez operações realizadas pelos pesquisadores, oito resultaram em nascimentos de bebês saudáveis.
O primeiro parto de uma mulher com útero transplantado ocorreu em setembro de 2014 e os dois últimos bebês chegaram ao mundo nos últimos meses. Em uma das mulheres receptoras do novo órgão, a felicidade foi dupla: uma gravidez de gêmeos após o transplante.
Estudo experimental com transplante de útero
As mulheres que participam do estudo de transplante de útero da Universidade de Gotemburgo receberam o órgão de uma doadora viva, com algum grau de parentesco entre elas. Um ano após a cirurgia, os pesquisadores iniciam as tentativas de gravidez, quando o risco de rejeição do corpo da mulher ao órgão já se mostra estabilizado.
A instituição sueca, que é a líder mundial nas pesquisas sobre o transplante de útero, também realizou em 2017 a primeira cirurgia do tipo conduzida por robôs, que aumentam a precisão e diminuem o tempo na mesa de operações. A expectativa é que a tecnologia melhore a técnica, mas ainda é difícil prever os próximos passos e quando o transplante do útero será uma opção viável para as mulheres engravidarem.
“É um procedimento extremamente complexo que tem demonstrado bons resultados, mas é uma realidade ainda distante dos consultórios”, comenta Arnaldo Cambiaghi, ginecologista do Centro de reprodução humana do IPGO, Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia.
Posso fazer um transplante de útero?
A novidade ainda está em fase experimental, ou seja, não está disponível ao público. O transplante de útero só é feito em universidades com o aval do poder público e de diversos comitês científicos e de ética.
Tanto que até agora menos de quinze cirurgias foram realizadas no mundo e só uma delas no Brasil, em outubro de 2016, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A voluntária, de 28 anos, recebeu o útero de uma outra mulher que havia falecido e se recupera bem.
“O procedimento envolve riscos consideráveis para as duas partes, tanto para a doadora quanto a receptora”, alerta Newton. A expectativa é de que, no futuro, ele seja utilizado só em casos como o de mulheres que nasceram sem o útero ou por algum motivo tiveram que retirar o órgão durante a vida e também aquelas com malformações.
“Na Suécia eles não podem, diferente de como é no Brasil, usar métodos mais fáceis como o útero de substituição, quando o embrião gerado a partir do óvulo da mulher que deseja engravidar e do espermatozoide de seu parceiro é implantado em uma parente”, pondera Cambiaghi. Também chamado de barriga de aluguel, esse procedimento é legalizado no Brasil e considerado, por enquanto, a melhor alternativa para mulheres com problemas uterinos terem filhos biológicos.
Fonte: Bebê.com.br
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