Relato de pai: o nascimento da paternidade
O nascimento de uma criança transforma totalmente a vida de uma mulher. Isso é um fato, que comprovamos diariamente em nossas matérias e no feedback das tentantes, gestantes e mães que nos acompanham aqui e nas redes sociais. Mas há outra pessoa muito importante nesta equação, o pai. Nem sempre ele participa ativamente do processo extraordinário que é o parto, por isso ficamos imensamente felizes quando recebemos um relato de pai, que temos a honra de publicar hoje no “Histórias de Sucesso”.
A história de hoje relata o nascimento de Valentina, primeira filha de Mayara Pacheco e Maximilian E. Viana de Oliveira, que nos presenteou com um emocionante relato de pai.
O emocionante relato de pai
“Dia 13 de fevereiro de 2018, às 00:40, terça-feira de carnaval, o dia que minha vida definitivamente mudou para sempre. Dizem que a mulher se torna mãe no momento que se descobre grávida, já o homem é quando tem seu filho nos braços. Realmente, isto é fato!
Na madrugada do dia 13, eu me tornei pai. Ao entrar na sala de cirurgia (coisa que jamais imaginei que teria coragem de fazer), sentei no banquinho perto da mamãe, sem saber o que fazer naquele momento.
Então coloquei uma das músicas da playlist que havíamos escolhido para o nascimento da nossa bebê e, após isso, a mamãe preocupada disse para a médica que eu não poderia ver o nascimento. Realmente, eu também pensava que não, mas quando a enfermeira me disse que vim de tão longe pra morrer na praia, me enchi de coragem e decidi: vou ver minha filha nascer.
Quem me conhece sabe que não suporto sangue, e que aquela atitude era totalmente nova e inesperada para mim, mas me mantive firme. Na minha cabeça pensei, vou focar na minha filha e não olhar o resto. Deu certo.
Presenciei o momento mais incrível na vida de qualquer homem, ver o nascimento de outro ser humano, um filho então, é emoção multiplicada por infinito.
Às 00:40, a médica tira uma cabecinha da barriga da mamãe e, antes mesmo de sair o corpo todo, a pequenina dá o seu primeiro suspiro e ouvimos um chorinho. Logo, sai por completa. Ela, então, abre os olhinhos e desperta para o mundo. Assim nasceu a Valentina.
Aquela cena, que foi filmada pela Luluca, doula que acompanhava a Mayara, só será necessária para a Mayara e familiares, pois para mim, ficará eternamente gravada em minha memória, nos mínimos detalhes que eu lhes descrevi (e olha que minha memória anda fraca pra gravar qualquer coisa). Jamais esquecerei aquele momento.
No vídeo também se nota o tamanho da minha emoção, confesso. Não me contive (quem me conhece também sabe que não sou muito emotivo), chorei muito. Até a médica disse que jamais viu um pai se emocionar tanto quanto eu.
Também, pudera né, sei que sou o pai, mas minha filha é linda (assim como o pai rs). Naquele momento, nasceu alguém para eu dar a minha vida para fazer a felicidade dela. A Mayara me perguntou uma vez, antes do nascimento, se eu não estava com medo. Eu respondi que não tenho medo do que eu não conheço.
Eis que chega o dia 13. Após o nascimento e todos os procedimentos médicos, a Valentina estava no berçário, aguardando a Mayara voltar para o quarto, a Luluca chegou e me perguntou, “onde está sua filha?”. Eu disse: “está ali no berçário”. E ela, “você não quer ficar com ela?”. Eu me surpreendi: “Posso?”. E ela, “Claro, vai lá e pede a enfermeira para lhe entregar”.
Fui… pedi… e a enfermeira, poucos minutos depois, entregou em meus braços um pacotinho, toda embrulhadinha, com uma touquinha na cabeça, quietinha, serena. Estava acordada, com os olhinhos abertos.
Fiquei alguns momentos com ela ali, em meus braços, babando, e ela quietinha. Após algum tempo, ela começou a chorar. Pronto, ali nasceu o meu medo. Agora eu sabia o que era, agora eu podia ter medo. Não disse nada a Luluca que estava junto, mas naquele momento me bateu um desespero. E agora o que eu faço pra ela parar de chorar?
Me bateu um arrependimento por ter pegado ela do berçário, mas logo a ficha caiu e pensei comigo: agora não tem pra onde fugir, não tem pra quem pedir ajuda, agora segura papai, agora é com vocês. Então o medo desesperador passou, consegui acalmá-la e pude esperar a mamãe chegar no quarto para receber nossa filha.
A alegria de sair do hospital, com a sua família, para o seu lar, é imensurável. Não sei se todos conseguiram chegar até o fim deste texto, mas senti que precisava compartilhar esse momento. Na verdade, hoje fazem sete dias que nossa bebê veio ao mundo, e eu já tenho tanto a dizer que sinto que poderia escrever um livro sobre essa experiência (quem sabe um dia eu escreva mesmo). Enfim, quero lhes apresentar mundo, essa é a Valentina Pacheco de Oliveira.”
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Michelle
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Que lindo relato!!!!
13 de março de 2018Meu marido tb acompanhou bravamente o nascimento do nosso príncipe!!
Foi mágico… Emocionante!!!
Redação
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Olá Michelle! Que bom que você gostou1 Ficamos muito felizes de receber o feedback de nossas leitoras. Aproveito e te convido para enviar o seu relato de parto. Sua história também pode ser destaque em nosso blog! Um beijo! 🙂
13 de março de 2018Felipe Pontual
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Belo relato! Fico feliz de verem vocês publicando esses materiais e dando um pouco de voz também aos papais!
Há algum tempo comecei um projeto para discutir a paternidade e os temas que envolvem todas essas experiências, é o http://www.sonheiserpai.com.br
E aproveito pra dividir com vocês o relato de parto do nascimento do meu filho Martin, há quase dois meses:
http://bit.ly/relatodepartonavisaodeumpai
Espero que gostem 😀
Um beijo,
15 de março de 2018Felipe
Redação
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Olá Felipe, tudo bem? Ficamos felizes que tenha gostado. Posso te pedir um favor? Envia por e-mail o seu relato, com fotos? Envia no redacao@ficargravida.com.br Um abraço! 🙂
16 de março de 2018