Indutor de ovulação: as principais dúvidas das tentantes
O post de hoje é especial para as futuras mamães, que não veem a hora do tão sonhado resultado positivo! Se você é tentante, está na hora de saber mais sobre o indutor de ovulação. Entrevistamos o médico obstetra e especialista em reprodução humana, o Dr. Rodrigo da Rosa Filho, que tirou as principais dúvidas sobre o medicamento.
Quem pode usar?
O indutor de ovulação é uma medicação que estimula a ovulação, sendo uma importante parte do processo de reprodução. Segundo o Dr. Rodrigo, ela é indicada para as pacientes que não estão ovulando ou para mulheres com quadros médicos específicos.
“Os casos mais comuns de utilização é quando há o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, mas também são utilizados em pacientes que irão fazer tratamentos de reprodução assistida, como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro”, explicou o especialista, que lembra que o medicamento deve ser tomado somente com indicação médica.
Indutor de ovulação: via oral ou injetável?
O indutor de ovulação está disponível em dois formatos: via oral e injetável. O Dr. Rodrigo explica que medicamento via oral é indicado em casos mais simples, “como quando o casal pretende tentar um coito programado e a mulher não está ovulando ou para aumentar as chances de gravidez com o objetivo de aumentar o número de óvulos liberados”.
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O indutor de ovulação via oral, como o citrato de clomifeno e o letrozol, são usados do 2º ao 6º dia do ciclo menstrual ou do 5º ao 9º dia — a dose varia entre cada caso.
Já no caso dos indutores injetáveis, os próprios hormônios estimulam a paciente a ovular mais e, por isso, são usados para aumentar as chances de sucesso de um tratamento de reprodução assistida.
“Geralmente os hormônios são transferidos através de injeção subcutânea, também em dose diária e aplicados por cerca de 10 dias. O acompanhamento de ultrassom é imprescindível para realizar ajustes de dose e ter ciência do resultado”, afirma o médico.
Fique atenta aos efeitos colaterais
O indutor de ovulação é de grande ajuda nos tratamentos para engravidar, mas também pode trazer riscos para o bem-estar da mulher. “Alguns efeitos colaterais causados pelo citrato de clomifeno são mal estar e alterações de humor, além de poder deixar o endométrio (camada interna do útero) mais fina, dificultando a implantação do embrião. Já o letrozol não tem essas reações adversas”.
É preciso estar sempre atenta! Afinal, nem todas as medicações têm os mesmos efeitos colaterais.
“No caso dos injetáveis, os efeitos mais comuns são retenção de líquido, por causa do aumento do nível hormonal, e alterações de humor semelhantes às que acontecem na TPM”, completa o obstetra.
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Embora a medicação possa causar esses efeitos adversos, o obstetra afirma que o indutor de ovulação não aumenta o risco de câncer de mama, útero ou ovário.
Riscos e cuidados
Atenção, tentante! Se estiver fazendo uso de indutor de ovulação, fique atenta a qualquer sintoma adverso e siga à risca as recomendações médicas. O Dr. Rodrigo afirma que o período de uso recomendado é de três a seis ciclos, no máximo.
“Se não houver sucesso nesse intervalo, o ideal é trocar de estratégia. Lembrando que sempre é importante fazer acompanhamento com ultrassom para ver o crescimento dos folículos e se há risco da paciente liberar muitos óvulos, originando em uma gestação múltipla”.
Rodrigo da Rosa Filho é Graduado em medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), co-autor/colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da SBRH e autor do livro ” Ginecologia e Obstetrícia- Casos clínicos” (2013). É diretor clínico e sócio-fundador da clínica de reprodução humana Mater Prime.
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