Gravidez planejada: 5 fatos sobre o congelamento de óvulos
Embora o congelamento de óvulos seja já bastante difundido no Brasil, ainda há muitas dúvidas sobre o procedimento entre as famílias que pensam a respeito.
Seja pela vida profissional, situação econômica ou mesmo fatores sociais, muitas mulheres estão optando por postergar a gestação com a técnica de congelamento de óvulos.
Renato de Oliveira, especialista em reprodução humana e ginecologista responsável pela área na Criogênesis, listou as principais informações sobre a técnica que é capaz de preservar o potencial reprodutivo da mulher.
E antes de mais nada, explicou de forma clara e objetiva, o que é, de forma simplificada, o congelamento de óvulos.
“O congelamento dos gametas femininos possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos jovens antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana, possibilitando que, mais tarde, quando estiver decidida, obtenha sucesso na gravidez”.
Vamos aos 5 fatos sobre o congelamento de óvulos
1.Existe uma idade ideal para o procedimento
O ideal é realizar o congelamento até os 35 anos de idade, pois os resultados são melhores. Ao nascer, a menina já perde 70% dos oócitos, que são os gametas femininos, resultando em, aproximadamente, dois milhões de gametas.
Na menarca, ou seja, primeira menstruação, a mulher possui de 300 a 500 mil de oócitos. Aos 30 anos, estima-se que apenas 500 oócitos serão selecionados para serem ovulados.
E, depois dos 35 anos, há uma queda importante tanto da quantidade quanto na qualidade dos oócitos maternos, que por possuírem a idade da mãe, ficam mais suscetíveis a alterações genéticas e erros na divisão celular quando fecundados.
2 – As chances de gravidez são altas
É importante citar que quanto antes a mulher congelar, e quanto mais nova for ao fazer o procedimento, maiores são as chances de engravidar. No entanto, até os 35 anos, estima-se que a taxa de sucesso é de mais ou menos 50%.
3.O procedimento não necessita de internação
Durante 10 a 12 dias consecutivos, a paciente se submete à aplicação de injeções de hormônios para estimular os ovários a liberar vários óvulos. Assim que o número adequado e o tamanho ideal de folículo é alcançado, o procedimento é liberado para ser realizado na clínica.
Com anestesia, a punção ovariana é feita pelo canal vaginal e guiada por um ultrassom, que auxilia na localização dos folículos ovarianos. Os óvulos são capturados e, em seguida, são encaminhados ao laboratório que avaliará o grau de maturidade e viabilidade de congelamento.
4.É recomendado para pacientes oncológicas
Além de ser indicada para mulheres que planejam engravidar tardiamente, a técnica também pode ser realizada por mulheres diagnosticadas com câncer e que devam passar por quimioterapia e/ou radioterapia, tratamentos que costumam comprometer a fertilidade feminina.
Caso os oócitos não sejam afetados pela doença, devem ser retirados antes do início dos procedimentos. Nesses casos, recorre-se à vitrificação, técnica que possibilita maior segurança na preservação do gameta feminino. O método conserva a estrutura e a composição do oócito, reduzindo possíveis danos às células.
5.O material coletado tem grande durabilidade
O material pode ficar armazenado por diversos anos. Há estudos que citam casos de gravidez em que o óvulo ficou congelado por mais de 15 anos.
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