Reserva ovariana: o que é e como afeta a fertilidade
Há algumas décadas, uma mulher com seus 30 e poucos anos já era casada e tinha filhos. Atualmente, as mulheres nesta faixa etária – as que desejam ser mães – ainda estão amadurecendo a ideia e muitas optam por postergar a gravidez. Embora a idade traga a experiência e o preparo psicológico e financeiro, necessários para criar uma criança, optar pela maternidade tardia é um risco. Nem sempre é fácil engravidar naturalmente e, no caso das mulheres, isso pode acontecer em função da reserva ovariana.
Reserva ovariana: o que é?
A mulher já nasce com uma quantidade de óvulos, a chamada reserva ovariana. Nesta etapa, os ovários contam com 1 a 2 milhões de óvulos. Parece muito mas, a partir daÃ, a mulher não para de perdê-los.  Por volta dos 12 ou 13 anos, quando costuma ocorrer a primeira menstruação, só restam em torno de 400 ou 500 mil óvulos. E em alta velocidade, a cada ciclo menstrual, eles continuam a ir embora.
Em um ciclo, o corpo pode disponibilizar até mil óvulos, mas quase sempre apenas um é viável. Todos os outros acabam perdidos. Essa baixa mensal é mantida de forma contÃnua, inclusive com o uso de contraceptivos hormonais, e não há nada que possa ser feito para impedir esse processo natural. Com este ritmo, a mulher chega aos 40 anos de idade com um estoque de óvulos praticamente zerado.
Como avaliar a reserva ovariana?
Os testes para checar a reserva ovariana são solicitados em caso de dificuldade para engravidar. Como regra geral, uma mulher de até 35 anos deve tentar engravidar de forma natural por até um ano. Caso não tenha sucesso, o médico solicita uma investigação e vários exames, entre eles a pesquisa da reserva ovariana. Ela pode ser feita de três formas:
Ultrassonografia transvaginal – Exame prático, feito nos primeiros dias do ciclo menstrual. Por meio da imagem, o médico conta quantos folÃculos a mulher tem naquele mês. Menos de dez, indicam baixa reserva; mais de 20, alta. O exame é coberto pelo SUS e por convênios particulares.
FSH – Exame de sangue simples, realizado entre o primeiro e o terceiro dia da menstruação. Mede o hormônio folÃculo-estimulante (FSH), o indutor natural do ovário. Se o valor for baixo, significa que o ovário está mais cheio. Pode ser realizado pelo SUS e pelos convênios particulares.
Hormônio antimülleriano – Trata-se do exame de sangue mais moderno para estimar a reserva ovariana. Mede o hormônio produzido pelos folÃculos antrais. Quanto menor for a dosagem, menor a reserva de óvulos. A desvantagem é o valor. Custa de R$ 400 a R$ 800, e não é coberto pelos convênios particulares. A rede pública de saúde também não realiza o exame.
Reserva ovariana baixa. E agora?
Quando o exame da reserva ovariana mostra uma quantidade mÃnima de óvulos disponÃveis, o casal deve conversar com o médico sobre as suas possibilidades. Vale ressaltar que nem sempre esse diagnóstico impede que a concepção ocorra de maneira natural.  A indução ovulatória, por meio de medicamentos, combinada a relação programada é um dos métodos mais utilizados e tem boas taxas de sucesso. Outras opções envolvem o congelamento de óvulos e a fertilização in vitro.
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